a nossa marca colectiva

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tempo que passa sem sentido é dinheiro perdido...

Foram publicados em 20 de Janeiro de 2005 (e cinco!) os Avisos nºs 499 e 500, relativos aos  pedidos de reconhecimento de Beira Baixa como Denominação de Origem para requeijão e para travia. Em 15 de Março de 2007 ( e sete!) foi publicado o Aviso 4881 relativo ao pedido de reconhecimento de Freamunde como Indicação Geográfica para capão.
Sabe-se agora, e através da Comissão Europeia, que lá foram transmitidos pelo MADRP os pedidos de reconhecimento comunitários, recebidos por aquela instituição em 10 de Janeiro de 2011 (e onze!)

Que "sete anos de pastor Jacob servira", já nós sabíamos! Agora que era preciso esperar 6 anos num caso e 4 anos noutro para que o MADRP procedesse ao simples envio do pedido para a União Europeia....

Durante todos estes anos, quantas oportunidades perdidas? Quantas vendas ficaram por fazer? Quantos apoios públicos ficaram impossibilitados? Quantos produtores abandonaram a actividade? Quantos empregos se perderam ou deixaram de se criar? Qual a medida usada para avaliar a ajuda à desertificação e ao empobrecimento do interior de Portugal? Qantos consumidores se viram privados dos produtos genuínos ou foram enganados por imitações? Quem se responsabiliza pelo atraso, pela incúria e pelo desinteresse pela Agricultura, pelos Produtos Tradicionais e pelo Património Cultural Imaterial que cada um destes produtos representa?  

Como responderia o Romeiro,  "Ninguém" !

E nesta apagada e vil tristeza, lá vamos alegremente empobrecendo e dando trunfos aos outros países que cuidam dos seus Produtos Tradicionais, percebendo o seu potencial e a sua importância estratégica!

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